Segunda-Feira, 16 de junho de 2025

Postado às 09h30 | 16 Jun 2025 | redação Políticos devem ser escoltados até a Jordânia nesta segunda, diz senador

Crédito da foto: Reprodução Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, vê expectativa

Por CNN

Há a expectativa de que um grupo de políticos brasileiros em Israel seja escoltado pelo governo israelense até a fronteira do país com a Jordânia nesta segunda-feira (16), informou o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, na noite deste domingo (15).

A ideia é que, a partir da Jordânia, saiam da zona de maior perigo e possam retornar ao Brasil mais facilmente.

Segundo Viana, o grupo seria formado por cerca de 13 prefeitos e vice-prefeitos, que está próximo a Tel Aviv. No entanto, os deslocamentos dependem das condições de segurança em território israelense. Por isso, podem ser adiados.

De acordo com o senador, o acordo para transporte da primeira leva de uma das comitivas de autoridades brasileiras foi firmado na tarde deste domingo entre o Grupo Parlamentar Brasil-Israel e representantes do governo de Israel.

Viana disse que, nesta segunda, devem ter uma noção mais clara de quantos vão querer sair de Israel, com base na primeira tentativa de deslocamento. Ele também disse haver uma preocupação com turistas brasileiros que estão no país.

À analista da CNN Basília Rodrigues, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também afirmou haver a expectativa dessa saída do grupo de brasileiros de Israel. “Há expectativa de que a saída ocorra amanhã. Vamos saber de manhã, no horário de lá. O espaço aéreo está fechado. Terão de ir à Jordânia por terra”, disse.

Até a noite deste domingo, nem o Itamaraty, nem a Embaixada de Israel haviam confirmado as informações do senador.

Uma comitiva de prefeitos, secretários e políticos brasileiros está, atualmente, em Israel. Eles foram ao país na última segunda-feira (9) como convidados do governo israelense para participarem de uma feira de tecnologia. A previsão de retorno estava programada para a próxima sexta-feira (20).

Na quinta-feira (12), porém, Israel lançou o que chamou de "ataques preventivos" contra o Irã e declarou estado de emergência. A agência de notícias estatal iraniana IRNA relatou que repetidas explosões puderam ser ouvidas em Teerã. O bombardeio mirou infraestruturas nucleares iranianas e diversos militares de alto escalão foram mortos nos ataques.

O Irã iniciou sua retaliação logo em seguida, aumentando novamente os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio, enquanto países ao redor do mundo pedem a ambos os lados que reduzam a tensão.

O governo federal afirmou estar em busca de uma saída para as autoridades brasileiras que estão em Israel, mas a eventual evacuação dependeria das condições de segurança no país. Até o momento, voos comerciais seguem suspensos no aeroporto internacional de Tel Aviv, sem data para serem retomados.

O Itamaraty chegou a pedir a Israel um “tratamento prioritário” à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, o governo brasileiro não tem falado na repatriação de outros nacionais que estejam em Israel.

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