Estudo apresentado pela Faculdade de Ciências Econômicas (Facem), em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas, mostra as possibilidades econômicas da edição 2025 do MCJ. Além do volume de gastos, o estudo apontou ainda uma estimativa de público
Cidadela Junina em 2024
Por Amina Costa / Jornal de Fato
Nesta quarta-feira, 7, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) apresentou aos representantes da academia, do setor produtivo e da segurança pública, o Diagnóstico dos Impactos Socioeconômicos do Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2025. Neste estudo, desenvolvido pela Faculdade de Ciências Econômicas (Facem), em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL), foram apontadas as projeções do evento para a edição deste ano.
De acordo com o diagnóstico, para 2025, espera-se que o volume de gastos de residentes e turistas chegue a R$ 377,2 milhões. Em 2024, esse volume foi de R$ 328 milhões, e em 2017, quando o diagnóstico começou a ser realizado, o volume de gastos era de apenas R$ 12 milhões.
Coordenador do projeto, o professor Leovigildo Cavalcanti destacou que o Mossoró Cidade Junina movimenta não apenas a economia mossoroense como também a cultura do município. “É um elemento provedor de um desenvolvimento social, mas também humano. Tem um resgate cultural inserido. E a Uern acertou 95% das projeções realizadas nos anos anteriores”.
Além do volume de gastos, o estudo apontou ainda uma estimativa de público que deve comparecer ao MCJ. “O número de participantes saltou de 720 mil, em 2017, para mais de 1,3 milhão em 2024. A projeção para a edição de 2025 é ainda maior: 1,6 milhão de pessoas. O crescimento é atribuído à expansão das áreas do evento, uma das sugestões da Uern que foi acolhida pela Prefeitura de Mossoró”, informou o estudo.
O estudo apontou ainda o crescimento considerável do Pingo da Mei Dia, evento que abre oficialmente o Mossoró Cidade Junina. “O Pingo da Mei Dia, evento que marca a abertura do Mossoró Cidade Junina, também impressiona pelos números: de 100 mil pessoas em 2017 para 223.811 em 2024. A aceitação e a sensação de segurança entre o público local, que era de cerca de 70%, alcançaram mais de 90% ao longo dos últimos anos”.
Desde 2017, o diagnóstico é realizado anualmente, consolidando-se como uma ferramenta estratégica para o planejamento do evento. O levantamento reúne dados como o perfil dos turistas, a regionalização do evento, os impactos no comércio local e a viabilidade econômica, além de propor melhorias para as próximas edições. O projeto integra diferentes setores e envolve a comunidade acadêmica em todas as fases da coleta e análise de dados.
MCJ 2025 promete se consolidar como um dos maiores eventos juninos do Estado
Com o lema “São João de verdade, orgulho do Rio Grande do Norte”, o Mossoró Cidade Junina 2025 promete reforçar a identidade cultural do estado, gerar empregos e renda, e consolidar-se como um dos maiores festejos juninos do país. A Uern, por meio da pesquisa, reafirma seu papel na construção de políticas públicas fundamentadas em dados e no fortalecimento das tradições que movem o povo potiguar.
Durante a solenidade de lançamento oficial do Diagnóstico dos Impactos Socioeconômicos do Mossoró Cidade Junina 2025, a reitora da Uern, professora Cicília Maia, destacou o papel da Universidade no fortalecimento da cultura local e no desenvolvimento socioeconômico.
“Extrapolamos os muros da Universidade e chegamos ao setor produtivo. Este momento representa o compromisso da nossa Universidade, de enxergar a cultura como desenvolvimento. Esses dados se transformam em ação estratégica”, afirmou. Ela também ressaltou a participação ativa dos estudantes na cobertura e transmissão do evento, inclusive em redes públicas de TV de alcance nacional.
O presidente da CDL Mossoró, Stênio Max, agradeceu à Polícia Militar pela atuação em edições anteriores e destacou a importância da união entre academia e comércio: “Esse projeto foi abraçado pela CDL e tem a intenção de trazer a academia para dentro do comércio. Esse evento é um patrimônio cultural do RN”.
Já o tenente-coronel Albervan Cirne de Medeiros, comandante do 2° Batalhão de Polícia Militar, reforçou o compromisso da segurança pública com o evento. “A responsabilidade é muito grande, mas é uma ação conjunta. Nós estamos preparados desde o ano passado, quando acabou o período pós-eleições. Sabemos da expectativa, porque, em anos anteriores, a segurança ocorreu a contento. É uma megaoperação”, enfatizou.
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