Quinta-Feira, 12 de junho de 2025

Postado às 13h15 | 10 Jun 2025 | redação Guerra: Rússia lança mais de 320 drones e mísseis contra a Ucrânia

Crédito da foto: Reprodução das redes sociais de Volodymyr Zelensky Volodymyr Zelensky posta imagens em suas redes sociais

Por g1

A Rússia lançou um bombardeio em larga escala de drones e mísseis contra a Ucrânia na madrugada desta terça-feira (10), e a capital Kiev sofreu "um dos maiores ataques da guerra", segundo o presidente Volodymyr Zelensky. Três morreram em ao menos 17 ficaram feridos pelo país, segundo autoridades ucranianas.

Ao todo, 315 drones de ataque e sete mísseis, entre eles balísticos, foram utilizados pelos russos, informou o Ministério da Defesa ucraniano. O presidente da Ucrânia do país, Volodymyr Zelensky, afirmou que os diários e massivos ataques aéreos russos "abafam os esforços" de países como os Estados Unidos para o fim do conflito, e cobrou mais pressão à Rússia.

"A principal direção do ataque foi a capital da Ucrânia, a cidade de Kiev", afirmou a Força Aérea no aplicativo de mensagens Telegram. Segundo Zelensky, as regiões de Odessa e Dnipropetrovsk e Chernigov também foram atingidas.

Zelensky denunciou que prédios residenciais e infraestrutura civil foram danificados pelo ataque russo, e afirmou que uma maternidade foi atingida em Odessa, no sul do país. Duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas em Odessa, segundo autoridades da cidade.

"Hoje foi um dos maiores ataques contra Kiev (...) Os ataques com mísseis e drones Shahed da Rússia abafam os esforços dos Estados Unidos e de outros ao redor do mundo para forçar a Rússia à paz", escreveu Zelensky na plataforma X sobre a ofensiva. A guerra completou três anos em fevereiro deste ano.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que atingiu alvos militares em Kiev com armas de alta precisão.

O ataque russo danificou a Catedral de Santa Sofia em Kiev, um patrimônio cultural da humanidade protegido pela Unesco, segundo o ministro da Cultura ucraniano, Mykola Tochytsky.

Mais cedo, os aeroportos que atendem a capital da Rússia, Moscou, e a segunda maior cidade do país, São Petersburgo, foram fechados após um ataque com drones ucranianos, segundo o governo russo.

De acordo com agências de notícias estatais, ao menos 102 drones ucranianos foram abatidos em um intervalo de duas horas. Não há registros de estragos ou feridos.

A agência de aviação civil da Rússia, Rosaviatsia, interrompeu temporariamente os voos nos quatro principais aeroportos que atendem Moscou, no Aeroporto Pulkovo de São Petersburgo, e também em aeroportos de outras nove cidades como medida de segurança, informou no Telegram.

Os voos em Moscou e em algumas outras cidades foram retomados na manhã de terça-feira, mas as restrições ainda estavam em vigor em São Petersburgo à 01h30, no horário de Brasília.

 

Guerra nuclear

Moradores de Kiev se refugiaram em estações de metrô durante o ataque russo, que causou altas explosões, segundo testemunhas da agência de notícias Reuters. Ao menos uma pessoa morreu e quatro foram hospitalizadas na capital ucraniana, segundo autoridades locais.

Segundo a Defesa ucraniana, 284 dos 322 projéteis russos foram abatidos pelas defesas aéreas do país.

Nesta segunda-feira (9), um assessor do presidente da Rússia, Vladimir Putinameaçou uma "guerra nuclear" caso a Ucrânia e a Otan tentem reaver os territórios ucranianos ocupados pelas tropas russas.

Vladimir Medinski, que também lidera a delegação russa nas negociações diretas com a Ucrânia pelo fim do conflito, disse que seria "o fim do mundo" caso não haja a assinatura de uma "paz verdadeira" para encerrar a guerra na Ucrânia.

“Se o conflito for interrompido na linha de frente e não houver um acordo de paz real — apenas um cessar-fogo — então isso vai se transformar, sabe, como aquela região disputada entre Armênia e Azerbaijão, o Carabaque”, disse Medinski.

“Depois de algum tempo, a Ucrânia, junto com a Otan e seus aliados, entrará na aliança, tentará retomar o território, e isso será o fim do planeta — será uma guerra nuclear.”

Medinski não deixou claro o que quis dizer com "paz verdadeira". No entanto, a Rússia tem sido irredutível em suas condições para o fim do conflito: entre a série de requisições, quer os territórios ocupados por suas tropas, que representam cerca de 20% da Ucrânia, para si.

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