Por Edinaldo Moreno / Repórter do Jornal de Fato
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia, e da Inovação (SEDEC) divulgou o Boletim especial da Balança Comercial - 1º quadrimestre de 2025 em que o comércio internacional do Rio Grande do Norte apresentou resultados sólidos no primeiro quadrimestre de 2025. O estado teve um superávit de mais de US$ 176 milhões nos primeiros quatro meses do ano.
Conforme o balanço, o volume total alcançado pelo Rio Grande do Norte no período foi de US$ 501,9 milhões em transações internacionais. A pasta estadual destacou que, deste total, US$ 339 milhões foram de exportações e US$ 162,7 milhões de produtos importados. O saldo positivo no 1º quadrimestre alcançou US$ 176,5 milhões no período de janeiro a abril.
O boletim apontou que o óleo combustível movimentou US$ 164,5 milhões, liderando as exportações potiguares no período. Já a fruticultura tropical, por meio dos melões frescos, registrou US$ 50,7 milhões e melancias frescas com US$ 26,4 milhões. Outros óleos combustíveis e produtos de origem animal impróprios para alimentação humana também estiveram dentre os principais produtos.
“Esse desempenho confirma o protagonismo do estado nas exportações brasileiras de produtos agroindustriais e derivados energéticos, ao mesmo tempo em que destaca a relevância estratégica das importações voltadas à transição energética local”, afirmam os pesquisadores.
O Panamá liderou a lista com US$ 161,3 milhões. Na sequência, os Países Baixos com US$ 47,7 milhões, seguido pelos Estados Unidos com US$ 32,8 milhões, a Espanha com US$ 26,9 milhões e o Reino Unido com US$ 21,6 milhões completaram o grupo dos cinco principais mercados de destino. Juntos, esses cinco países responderam por 85,5% do total exportado pelo Rio Grande do Norte no período.
Dentre os principais produtos adquiridos pelo Rio Grande do Norte, destaque para equipamentos de energia renovável e grãos. As células fotovoltaicas movimentaram US$ 22,3 milhões, seguidos por outros trigos e misturas de trigo com centeio que movimentaram US$ 21 milhões.
A China liderou o ranking, com um volume de importações de US$ 50,3 milhões. Na sequência, a Rússia registrou transações de US$ 22 milhões, enquanto a Argentina ocupou a terceira posição, contribuindo com US$ 16,8 milhões. Os Estados Unidos e os Países Baixos registraram montantes de US$ 12,6 milhões e US$ 11,5 milhões, respectivamente. Juntos, esses cinco países responderam por 69,5% do total das importações realizadas pelo Rio Grande do Norte no período, evidenciando sua posição estratégica na dinâmica comercial do estado.
“A análise das importações evidencia um padrão consistente, a crescente aquisição de bens e insumos voltados para o setor de energias renováveis, como painéis solares e conversores elétricos. Esse comportamento está em consonância com a vocação do RN como um dos líderes nacionais em geração eólica e com seu avanço estratégico na produção de energia solar e hidrogênio verde, consolidando o estado como uma referência na transição energética brasileira. Os números refletem não apenas o bom desempenho comercial do estado, mas também o alinhamento dele com as tendências globais de sustentabilidade e inovação”, ressaltou a equipe técnica da SEDEC.
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