Por Thiago Ferri — ge
“Vou te falar com toda sinceridade: estamos tranquilos, sabemos nosso trabalho e onde podemos chegar.”
É com essa serenidade que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, chega a Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos. Às vésperas da estreia na competição, em que enfrentará o Porto, de Portugal, às 19h do domingo, a dirigente classifica o momento como histórico, enfatiza a importância da disputa e descarta medo por assédio do mercado aos profissionais do clube.
“Todo ano e toda janela, nossos atletas e profissionais recebem interesses”, disse a presidente, em coletiva nesta sexta-feira, no hotel sede do clube.
“Fico muito feliz em participar desta Copa do Mundo porque valoriza o trabalho de todos nós. Não tenho receio nenhum de assédio a atletas ou treinador, porque no Palmeiras o contrato tem validade. Todos têm contrato e aqui, como o clube honra seus compromissos, os atletas também precisam.”
“Para ser negociado, precisa do interesse do atleta, do Palmeiras e algum interessado. Se não tiver interesse de alguma parte, o negócio não sai. Me baseio nos contratos em vigor”, completa.
Classificado devido ao título da Conmebol Libertadores de 2021, o Palmeiras montou todo o planejamento da temporada visando a Copa do Mundo de Clubes como principal competição do ano. Não à toa, por exemplo, o uso de duas equipes mescladas no início do Paulista e os revezamentos pontuais mesmo no Brasileiro e na Libertadores.
Até porque, enquanto vive sua década mais campeã, o Alviverde encara a Copa como um momento histórico.
“É uma competição única, a primeira. Todos os clubes têm interesse ou deveriam ter nesta competição que é única. Todos os clubes querem vencer, ninguém vem a passeio. Não estou aqui a passeio, estamos trabalhando muito. Ano que vem a Copa é aqui, interesse de todos os clubes é se saírem bem e conquistar o troféu maravilhoso”, diz a presidente.
Para além da oportunidade desportiva, a competição também representa um ganho financeiro que não estava previsto no orçamento do clube para 2025. São 15,21 milhões de dólares, cerca de R$ 84,9 milhões, somente por participar da Copa, dos quais o Verdão já recebeu cerca de R$ 65,8 milhões, ainda a descontar valores de impostos.
Números que são vistos por Leila Pereira como fundamentais para a manutenção da equipe atuando em alto nível. “As pessoas costumam dizer que sou muito materialista, e sou mesmo”, disse, aos risos.
“Sem investimento não se faz um futebol de altíssimo nível como o do Palmeiras, não paga em dia como o Palmeiras faz. Vocês sabem que no Brasil é exceção. Só com a entrada de valores vultosos como a premiação, os valores para participarmos, é extremamente importante para honrar nossos compromissos e investir ainda mais no nosso elenco.”
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