O Conselho Deliberativo do Corinthians vai se reunir no próximo dia 26 de maio para retomar a votação do pedido de impeachment do presidente do clube, Augusto Melo.
A data foi confirmada no início desta semana pelo presidente do órgão, Romeu Tuma Júnior, que emitiu um documento com as regras para retomar o rito que foi interrompido durante uma reunião no início do ano.
Em 20 de janeiro, Tuma suspendeu a votação pela falta de tempo hábil para concluir o processo, que se arrastou no Parque São Jorge.
Na ocasião, a admissibilidade do afastamento foi aprovada de maneira apertada, por 126 a 114, mas o impeachment de fato não chegou a ser votado.
A última reunião durou quase cinco horas e meia, com intensos debates no Parque São Jorge. Por volta das 23h15, Tuma, ex-aliado de Melo e atual opositor, interrompeu a votação, sob a justificativa de que o avançar da noite fez alguns dos conselheiros, sobretudo os mais velhos, deixarem o local.
Até aquele momento, as organizadas do clube, sobretudo os Gaviões da Fiel, eram contrárias ao processo de impeachment, ao menos até a conclusão da investigação da Polícia Civil sobre a suspeita de irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas esportivas VaideBet, objeto pelo qual Augusto está sendo julgado pelos conselheiros.
Recentemente, no entanto, os Gaviões mudaram de postura e passaram a não se opor abertamente ao afastamento do mandatário.
Os autores do processo de afastamento afirmam que, devido à "omissão do dirigente [Augusto Melo], a imagem da instituição foi arremessada em um lamaçal de notícias degradantes".
A denúncia é referente ao pagamento de R$ 25,2 milhões, como comissão de intermediação pelo acordo com o site de apostas, à Rede Social Media Design, que pertence a Alex Fernando André, o Alex Cassundé, que atuou na campanha de Augusto à presidência.
Essa empresa repassou parte da comissão para a Neoway Soluções Integradas em Serviço, registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos, uma mulher que mora em residência humilde em Peruíbe e nem sabia da existência da empresa.
Augusto nega qualquer irregularidade em sua atuação e diz que todo o processo passou pelos órgãos de fiscalização do clube. Também reclama que Tuma não lhe deu amplo direito de defesa.
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