Quinta-Feira, 25 de abril de 2024

Postado às 17h15 | 10 Fev 2017 | Marcos Santos Atraso de verba provoca greve no Assu; técnico é dispensado

Colombiano José Cortina não é mais treinador do Assu

Crédito da foto: globoesporte.com Colombiano José Cortina não é mais técnico do Assú

Marcos Santos/Da Redação

O colombiano José Cortina não é mais treinador do Assu. O presidente do clube, Leônidas Neto, confirmou a dispensa do técnico nesta sexta-feira, 10.

“Estava havendo problemas internos com a parceria; não estávamos falando a mesma língua. Isso culminou com a demissão dele (José Cortina)”, informou Leônidas.

O parceiro em questão é uma empresa supostamente de origem colombiana por nome de Assiscol Sports, do empresário Juan Perdomo, responsável pela vinda de José Cortina ao futebol do Assu.

Os problemas internos os quais o presidente do Assu se refere estão relacionados principalmente à questão financeira. Em tempo, é de responsabilidade do parceiro o pagamento do salário dos jogadores (ou boa parte deles).

Na quinta-feira, a situação se agravou. Os atletas decidiram fazer uma greve devido ao atraso salarial provocado exatamente pela dificuldade do parceiro no envio da verba. Situação semelhante os jogadores já haviam passado no mês anterior. 

“A folha (de pagamento) de dezembro foi paga com atraso e ainda assim o clube teve que bancar uma parte. Isso já não ficou legal. E agora, a (folha) de janeiro está atrasada. Por isso, a situação chegou a tal ponto”, argumentou Leônidas.

Além dos problemas com o parceiro, a entrevista de José Cortina após o empate com o Globo em casa, que representou a eliminação do Assu no 1º turno do Campeonato Estadual, não foi bem ingerida pela diretoria do “Camaleão do Vale”. O treinador colombiano criticou a estrutura do clube e afirmou que não poderia brigar por classificação diante do pouco tempo de trabalho.

Com a saída de José Cortina, não se sabe se o parceiro irá continuar. O fato é que, existe uma multa rescisória em caso de rompimento do acordo firmado.

“A gente espera que a parceria seja mantida, que o parceiro envia um outro treinador. Do contrário, há uma multa sobre a quebra do contrato”, informou o presidente assuense.

O valor da multa não foi revelado. Leônidas Neto disse apenas que a multa é calculada em cima de 50% sobre “o valor do investimento mínimo por parte do parceiro ao futebol do Assu em todo o campeonato”.

Diante do cenário de incertezas, não há como o Assu de momento definir o sucessor de José Cortina para a sequência do Campeonato Estadual.

“Depois de resolver essa situação, a gente parte para definir o treinador. Queremos resolver na base do bom senso e na cordialidade. Mas se não for possível, o Assu vai seguir a sua vida dentro de suas possibilidades. O clube, a torcida, a sociedade assuense, estão acima de qualquer coisa”.

 

 

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