Por meses, o serviço não funcionava que impossibilitou a arrecadação de cerca de R$ 7 milhões
Amina Costa/Da Redação
Nos últimos meses, os mossoroenses não estavam recebendo cobranças por multa de trânsito ou impostos porque o convênio que a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) tinha com os Correios estava suspenso por falta de pagamento. Durante a suspensão, o Município deixou de arrecadar cerca de R$ 7 milhões em IPTU e multas de trânsito.
Nesta semana, a Prefeitura de Mossoró anunciou o pagamento de mais de R$ 420 mil aos Correios, para que os serviços sejam normalizados. A afirmação sobre o valor deixado de arrecadar no período de suspensão foi feita pela prefeita Rosalba Ciarlini, durante entrevista concedida à TCM.
Do montante pago, R$ 375 mil são dívida em si e o restante, de juros e honorários advocatícios. A negociação da dívida com os Correios foi feita ainda durante a primeira semana da atual gestão.
Rosalba Ciarlini, conforme divulgou a Secretaria Municipal de Comunicação Social, autorizou a Secretaria de Administração e Finanças a quitar o débito.
Em setembro, o JORNAL DE FATO havia divulgado a informação de que a suspensão da entrega das multas de trânsito já durava alguns meses. A própria população se mostrava preocupada, uma vez que, como as multas não estavam chegando ao destino final, os condutores não poderiam quitar dívidas dos veículos.
Em regra geral, o infrator deve receber a notificação em sua residência, através de carta, para que seja efetuado o pagamento da multa. As multas podem ser aplicadas pelos agentes de trânsito, que ficam circulando pela cidade, ou pelos radares espalhados por Mossoró.
Durante um curto período de tempo, a entrega das correspondências foi feita por meio de uma espécie de mala direta, que gerou uma cobrança de cota por causa dos Correios.
“A população estava sendo prejudicada com a paralisação das entregas porque as multas eram geradas, mas sem o boleto, o pagamento não podia ser efetuado”, relatou Adriano da Silva, mostrando-se aliviado com o retorno do serviço.
A atual gestão herdou vários problemas financeiros que foram provocados pelo mau gerenciamento dos recursos públicos durante a administração passada. Provocar a suspensão de um serviço essencial para a arrecadação de fundos para o Município foi, no mínimo, um ato de irresponsabilidade da gestão anterior.
Como demonstram os números apresentados pela Prefeitura, mais de R$ 7 milhões deixaram de ser arrecadados durante este período. Caso o serviço estivesse funcionando normalmente, os problemas que foram deixados pela gestão passada poderiam ter sido minimizados, uma vez que haveria mais dinheiro em caixa.
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