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Postado às 09h58 | 06 Jan 2017 | Edinaldo Moreno Agricultura acumula prejuí­zo em torno de R$ 10 milhões devido í  seca

As perdas na zona rural refletem diretamente na economia do municí­pio como um todo, o que agrava

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A perspectiva de boas chuvas anima o homem do campo.  Após cinco anos de severa seca, os agricultores esperam ansiosos pela chegada de chuvas intensas e regulares para aliviar as perdas de colheita e de gado acumuladas ao longo dos anos. O prejuízo estimado causado pela estiagem de meia década gira em torno de R$ 10 milhões.

"Por ano, a agricultura da região perde entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões devido à estiagem prolongada", avalia o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Lavoura de Mossoró (SINDILAVOURA), Francisco Gomes. As perdas na zona rural refletem diretamente na economia do município como um todo, agravando o cenário de crise.

Francisco Gomes revela que desde 2010, cada ano tem sido pior que o outro com a falta de chuva. Muitos agricultores, cansados e desesperançosos com o sofrimento imposto pela seca, têm desistido da luta e abandonado seu pedaço de terra.

"Muitos deles estão saindo do campo, só não sei para onde estão indo. Hoje (quinta-feira), chegou aqui no sindicato um agricultor de São João da Vázea, dizendo que não iria mais plantar, pois além da seca, seu sítio foi alvo de arrastão de criminosos. Levaram animais, utensílios da residência, entre outros", revela Francisco Gomes, destacando que a insegurança nas localidades tem contribuído para que os agricultores abandonem suas localidades.

O presidente do Sindilavoura frisa que, além da seca, os agricultores estão tendo prejuízos com o roubo de animais.  "Em muitas comunidades não há policiamento.  Vai uma viatura de vez em quando", diz Gomes.

 

Homem do campo alimenta a esperança de um bom período chuvoso

Diante do cenário desanimador de anos consecutivos de severa seca, os agricultores depositam nas chuvas a esperança de dias melhores. Conforme o presidente do Sindilavoura, Francisco Gomes, o homem do campo está otimista com a perspectiva de um período chuvoso na média ou acima da média.

"Embora não sejam suficientes para reverter o prejuízo acumulado desde os últimos cinco anos, as chuvas regulares e bem distribuídas são um alento e amenizam a situação dos agricultores", declara Francisco Gomes. Ele destaca que, pela experiência popular, a expectativa é que as chuvas caiam com mais intensidade a partir de fevereiro.

De acordo com o sindicalista, o homem do campo já pode perceber sinais de bom tempo que alimentam ainda mais a esperança de chuvas para a região. "Já dá para perceber que está melhor.  No ano passado não havia nem água para os animais beber. Hoje, já é possível observar alguns reservatórios com água. Isso nos anima", diz Gomes. Ele destaca que espera que o ano possa ter um bom inverno para aliviar a situação do homem do campo.

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