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Postado às 10h32 | 10 Dez 2016 | Edinaldo Moreno Terceirizados cobram pagamento de salários atrasados

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Amina Costa/Da Redação

Desde a última quinta-feira, 8, os servidores públicos de Mossoró estão acampados no Palácio da Resistência, como forma de protesto pelo não pagamento dos salários referentes ao mês de novembro. Infelizmente, além dos servidores, terceirizados e estagiários também estão sem receber seus pagamentos.

A situação dos terceirizados vem se arrastando há mais de um ano. O caso já foi parar na Justiça. Mesmo assim, os atrasos nos pagamentos continuam acontecendo. O JORNAL DE FATO já relatou casos de escolas municipais que estão liberando os alunos mais cedo porque não têm merendeiras (profissionais terceirizados) nas escolas.

Na manhã desta sexta-feira, 9, durante um vídeo de explicações sobre o pagamento dos funcionários feito pelo gestor municipal Francisco José Júnior, vários comentários questionaram o pagamento dos terceirizados. “Cadê o pagamento dos terceirizados? No colégio do meu filho só está tendo aula até 10h porque não foram pagos os terceirizados”, comentou uma internauta. “Tomara que os terceirizados estejam no meio (do pagamento anunciado)”, disse outra pessoa nos comentários da rede social.

O problema da falta de profissionais nas escolas, como merendeiras e assistentes de serviços gerais (ASGs), ocorre devido à falta de pagamento da Prefeitura aos trabalhadores terceirizados do município. Em fevereiro deste ano, o prefeito chegou a afirmar que colocaria os débitos atrasados em dia e que, a partir do mês de março, não atrasaria mais o pagamento. No entanto, mais uma vez, a promessa não foi cumprida e o atraso salarial é pauta constante nas reclamações dos funcionários.

No pronunciamento da rede social, o gestor do Município informou que o pagamento dos funcionários acontece conforme os recursos vão entrando no Município. Mas, o que vem provocando a revolta da população, principalmente dos servidores efetivos, é o fato da prioridade no pagamento dos comissionados. “Servidor tem que ser prioridade”, escreveu uma internauta na rede social.

Alguns funcionários também questionaram a informação de que os funcionários da saúde que trabalham por escalas de plantões já receberam os valores referentes aos serviços prestados. “Eu sou plantonista e não recebi salário. Cadê o dinheiro? Preciso pagar minhas contas”, escreveu uma funcionária.

A informação divulgada nesta sexta é de que os funcionários que recebem até R$ 2 mil devem receber o pagamento neste sábado, uma vez que as folhas de pagamento foram encaminhadas para a Caixa Econômica da Saúde.

“Os aposentados já foram pagos, os comissionados e os plantonistas também. A folha de outubro foi concluída no dia 28 de novembro e esperamos concluir a folha do mês de novembro antes do Natal”, informou o prefeito Francisco José Silveira Júnior.

Os servidores alegam que estão recebendo seus salários com um mês de atraso, já que a folha de pagamento só está sendo concluída próximo da data de vencimento do mês seguinte. O Município afirma que a queda das receitas é o motivo que está levando ao atraso salarial.

 

Servidores reivindicam pagamento dos salários

Na última quinta-feira, 8, os servidores públicos de Mossoró se reuniram em assembleia no Palácio da Resistência para discutir sobre o atraso salarial. Na ocasião, os sindicalistas decidiram acampar no local, até que o gestor municipal quite a folha e determine uma data fixa para pagamento dos servidores.

A presidente do sindicato, Marleide Cunha, informou que o Município esteve regular até a última quarta-feira, 7, já que era o quinto dia útil do mês de dezembro. Informou também que corre uma liminar na Justiça determinando o pagamento imediato dos servidores e aplicando multa, em caso de descumprimento.

A sindicalista disse ainda que o atraso salarial é um desrespeito com o servidor, principalmente quando a gestão municipal prioriza funcionários comissionados em detrimento dos efetivos. “Pagar os cargos comissionados e não os efetivos é uma atitude insana do prefeito de Mossoró”, disse Marleide Cunha.

No início de novembro, os servidores finalizaram a greve, que durou 15 dias, porque a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) atendeu a pauta de reivindicações apresentadas na deflagração do movimento. A presidente do sindicato lembrou que naquela pauta não constava o atraso salarial e que, por isso, não poderia manter com o movimento paredista. Agora, as reivindicações são exclusivamente em relação ao atraso do pagamento dos servidores. 

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