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Postado às 09h32 | 21 Nov 2016 | Cesar Santos Mossoró já respira eleições 2018 com pré-candidatos lançados de público

Gutemberg e Flávio Tácito parte na frente com projeto de disputar vaga na Assembleia Legislativa

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Gutemberg Dias: boa votação nas eleições 2016 (foto: web)
Geólogo Gutemberg Dias: boa votação nas eleições municipais 2016 (foto: web)

Os eleitos em 2 de outubro sequer foram diplomados, mas Mossoró já respira eleições 2018, com lançamento de pré-candidaturas à Assembleia Legislativa e a possibilidade de a cidade ter nomes em chapa majoritária.

O geólogo e empresário Gutemberg Dias (PC do B) deu o pontapé rumo às próximas eleições, ao anunciar que disputará uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Aproveitando a votação nas eleições do último dia 2 de outubro, considerada surpreendente para um candidato da chamada esquerda na cidade, ele entende que tem condições de triunfar nas urnas daqui a dois anos.

De fato, Dias surpreendeu.

Candidato a prefeito pela coligação "Frente Mossoró Tem Jeito", que reeditou a dobradinha PC do B/PT, Gutemberg obteve 11.152 votos, 8.45% dos votos válidos. A maior votação, em termos percentuais, conquistados por um candidato da esquerda na história político-eleitoral da cidade.

O terceiro lugar teve sabor de vitória e colocou Gutemberg Dias em patamar melhor do que quando ele entrou na disputa. Por isso, o comunista entende ser possível se eleger deputado em 2018.

FLAVINHO

Flávio Tácito precisa ir além da atuação na Câmara Municipal de Mossoró (foto: Ascom/CMM)
Flávio Tácito precisa ir além da atuação na Câmara Municipal de Mossoró (foto: Ascom/CMM)

Eleito para o terceiro mandato na Câmara Municipal de Mossoró, o vereador Flávio Tácito (PPL) sempre sonhou com a Assembleia Legislativa e nunca negou isso, tanto que nas eleições de 2014 ele ensaiou uma candidatura, mas acabou desistindo devido as circunstância de momento.

Agora será diferente, garante ele, que também anunciou de público que será candidato a deputado estadual em 2018.

Reeleito com 2.032 votos (1.51% dos votos válidos), pela Coligação Liderados pelo Povo I, Flavinho acredita que Mossoró precisa de legítimos representantes na Assembleia Legislativa, por isso, colocará o seu nome à disposição.

Porém, ele sabe que precisa de uma base de apoio mais sólida, talvez em um grupo que possa proporcionar uma boa estrutura de campanha. Como a sua atuação não ultrapassa os limites de Mossoró, ele terá que construir base em outros municípios e regiões, o que sugere um suporte maior.

LARISSA

Rosalba e Larissa Rosado, agora no mesmo grupo (foto: arquivo Jornal de Fato)
Rosalba e Larissa Rosado, agora no mesmo grupo (foto: arquivo Jornal de Fato)

De volta à Assembleia Legislativa, para ocupar a vaga aberta pelo deputado Álvaro Dias (PMDB), eleito vice-prefeito de Natal, Larissa Rosado (PSB) é nome certo de Mossoró na disputa em 2018. A princípio, candidata à reeleição, porém, não é descartável a hipótese de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Larissa não fala sobre isso, apenas diz que seu projeto é cumprir o mandato na Assembleia Legislativa em prol de Mossoró. No entanto, é certo que seu grupo político, agora aliado ao rosalbismo, da prefeita eleita Rosalba Ciarlini (PP), terá nomes para Assembleia e Câmara dos Deputados.

Um desses nomes é do deputado federal Beto Rosado (PP), que será candidato à reeleição. Ele poderá fazer dobradinha com Larissa, ou dividir a disputa à reeleição com Sandra Rosado (PSB), mãe de Larissa e que acaba de se eleger vereadora de Mossoró.

Sandra já foi deputada federal por três mandatos, ocupando a cadeira que foi do seu pai, deputado federal Vingt Rosado, e depois do seu esposo Laíre Rosado. Em 2014, não renovou o mandato. Dois anos depois, agora em 2016, se elegeu vereadora para iniciar o caminho de volta à Brasília.

MAJORITÁRIA

Rosalba Ciarlini volta ao poder em Mossoró com mais de 51% dos votos válidos (foto: Carlos Costa)
Rosalba Ciarlini volta ao poder em Mossoró com mais de 51% dos votos válidos (foto: Carlos Costa)

Mossoró também deverá se fazer presente na disputa majoritária. Pode ser com candidato ao Senado, vice-governador ou suplente de senador. Independentemente da posição, é certo que o segundo maior colégio eleitoral do estado esteja presente na disputa.

Para o Senado o nome mais cogitado é o da prefeita eleita Rosalba Ciarlini, no entanto, ela garante que vai cumprir o seu mandato na Prefeitura pois tem a missão de tirar Mossoró do “buraco” em que se encontra.

Todavia, Rosalba, que tem no seu currículo o feito de ser a primeira mulher potiguar eleita ao Senado da República, em 2006, não esconde o desejo de voltar a ocupar cargo em Brasília. Se não for em 2018, certamente será em 2022.

O grupo que está de volta ao Poder municipal, liderado pelo ex-deputado Carlos Augusto, esposo de Rosalba, certamente colocará o seu DNA na disputa majoritária 2018, seja disputando como protagonista ou indicando nome para chapa ao Governo do Estado.

Rosalba se elegeu para cumprir o quarto mandato na Prefeitura de Mossoró com 67.476 votos (51,12% dos votos válidos). Recuperou nas urnas o prestígio que havia perdido como governadora do Rio Grande do Norte (de 2011 a 2014), e consolidou-se, definitivamente, como a maior vencedora política de Mossoró. Nenhum outro político da cidade ocupou o cargo de prefeito por quatro vezes, Senado Federal e Governador do Estado do RN.

Com esse currículo e a força eleitoral de Mossoró, Rosalba Ciarlini terá participação decisiva no pleito de 2018, como candidata ou não.

GRUPO ALTERNATIVO

Tião e Jorge desejam disputar cargo eletivo em 2018 (foto: Allan)
Tião da Prest e Jorge Rosário desejam disputar cargo eletivo em 2018 (foto: Allan)

Os empresários Tião da Prest (PSDB) e Jorge Rosário (PR), que formaram chapa à Prefeitura de Mossoró nas eleições 2016, têm dito que vão continuar na política e que disputarão cargo eletivo em 2018.

Eles podem fazer dobradinha à Câmara Federal/Assembleia Legislativa, somando no grupo político do senador José Agripino Maia (DEM), que é representado em Mossoró pela prefeita cassada Cláudia Regina (DEM).

Tião acredita que é "dono" dos 51.990 votos (39,39% dos votos válidos) dado a ele nas eleições municipais. Com isso, mostra-se disposto a buscar um cargo eleito daqui a dois anos.

Tem a seu favor a estrutura financeira e a coragem de gastar, como fez nas eleições deste ano.

Pesa contra o fato de não ter o perfil de liderança política. O seu palanque em 2016 foi comandado por Cláudia Regina, que tem o poder da oratória e a experiência político-eleitoral. Mas, como Cláudia está inelegível e só poderá disputar cargo eletivo em 2022, acredita-se que ela possa conduzir o desejo de Tião/Jorge.

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