Quinta-Feira, 25 de abril de 2024

Postado às 11h23 | 14 Nov 2016 | Marcos Santos Dirigente do Baru admite perder parceria devido interdição de estádio

Gilson disse que o Nogueirão fechado é ruim para o futebol local

Crédito da foto: Mesmo assim , Gilson Cardoso garante que o Baraúnas vai disputar o Estadual

Marcos Santos/da Redação

A interdição do Estádio Leonardo Nogueira por tabela está atingindo em cheio o Baraúnas. Até a parceria que o tricolor anunciou com o empresário de futebol, Luciano Martins, está comprometida.

“O Baraúnas está prejudicado assim como o Potiguar com a interdição do Nogueirão. Posso garantir que a parceria que nos iríamos fechar com Luciano Martins, essa questão do estádio está pesando muito (de forma desfavorável). Um futebol pobre como é o nosso e agora sem estádio, fica complicado”, comentou com preocupação o vice-presidente do Baraúnas, Gilson Cardoso.

“Além de Luciano, tinha um outro grupo interessado em investir no tricolor, mas devido a esse problema (do estádio) não sei se tal interesse permanece”, informou.

Caso o Nogueirão continue interditado, ficando de fora do Campeonato Estadual de 2017, o Baraúnas terá de mandar os seus jogos fora de Mossoró, enfrentando prejuízo técnico e sobretudo financeiro. O que justifica o desinteresse em parceiros em investir no futebol do Leão.

“Investir num clube que não tem onde jogar e ainda assim correndo serio risco de sofrer prejuízo técnico e financeiro com jogos fora de Mossoró, é realmente complicado para o investidor. Ora se a gente vem pagando para jogar aqui mesmo em Mossoró, o que aconteceu este ano, imagine atuando fora”, disse o dirigente, que teme pelo futuro não só do Baraúnas como também do rival Potiguar.

“O Nogueirão fechado vai acabar com Baraúnas e Potiguar porque está espantando os parceiros”.

Lembrando que se a parceria for confirmada mesmo com os problemas estruturais, com esse outro investidor, cujo nome Gilson evitou revelar, trata-se de um convênio restrito ao envio de atletas para o futebol profissional da equipe, com o Baraúnas mantendo a sua autonomia de gestão.

“Nada de arrendar o time. A parceria se limita a trazer os jogadores do investidor e juntar com os nossos. Nada de terceirizar”, explicou Gilson.

Apesar dos problemas, o dirigente leonino admitiu participar do Estadual dentro das condições do clube e descartou desistência.

“Mesmo assim, o Baraúnas não pensa em pedir licenciamento; a gente vai fazer um esforço para participar. Claro que a intenção é fazer uma equipe competitiva, mas não sei se isso será possível”, ressaltou.

Sobre o patrocínio da Prefeitura, Gilson Cardoso soube através de pessoas próximas à próxima gestão municipal que tal apoio deverá continuar seja no repasse de verbas ou na viabilização de parcerias junta às empresas locais.

“Essa fonte sinalizou que a Prefeitura poderá patrocinar, não falou em valores, mas no apoio em buscar até mesmo empresas para dentro do futebol local”.

INTERDIÇÃO

O Nogueirão está interditado desde o dia 1º de novembro pelo Corpo de Bombeiros (CB) por descumprimento às obras de readequação. A gestora do campo, a Prefeitura, informou que não realizou o serviço porque nenhuma empresa participou da licitação.

A Prefeitura tentou prorrogar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) por mais seis meses, mas o CB recusou o pedido. Ainda assim, até mesmo a entrada de funcionários está proibida para a recuperação do gramado.

Com o imbróglio, o tempo vai passando e nada de solução para o caso. Assim, a expectativa não é boa de o campo está pronto – pelo menos o gramado – devido à aproximação do campeonato, que começará daqui a dois meses.

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