Terça-Feira, 16 de abril de 2024

Postado às 10h12 | 27 Out 2016 | Edinaldo Moreno Médico da UPA do Belo Horizonte diz que criança chegou com quadro de pneumonia

O médico André Régis, em entrevista coletiva, explicou os procedimentos que foram realizados

Crédito da foto:

Edinaldo Moreno/Da redação

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 27, o médico André Régis e a enfermeira plantonista Andreia Cunha falaram sobre a morte da criança de quatro anos ocorrida no final da tarde da última quarta-feira, 26, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte.

André Régis explicou os procedimentos realizados pela equipe médica que atendeu a criança. Ele informou que a criança já chegou com quadro grave de pneumonia e que tudo que deve ter sido feito foi realizado pelo corpo médico.

“A criança de quatro anos de idade deu entrada em nossa unidade com um quadro de pneumonia num estado já avançado com uma gravidade considerável. Não faltou assistência, não faltou medicamento, não faltou material. A criança veio com um quadro grave e o desfecho não foi favorável. Tudo que poderia ter sido feito foi realizado pelos colegas”, disse Régis que ainda informou que não houve tempo hábil para a transferência.

“Não houve tempo hábil porque a criança chegou aqui com um intervalo de quinze a vinte minutos, que já tinha sido solicitada pela colega uma vaga na unidade de terapia intensiva na cidade e não teve tempo devido a gravidade do caso”.

Indagado sobre as unidades de pronto atendimento ser a porta para casos como essa da criança, André Régis afirmou que sim e explicou. “A criança foi trazida para cá. Aqui é uma porta em Mossoró para que podemos tomaras medidas para uma urgência e emergência e levarmos a um tratamento futuro do paciente”, ressaltou ele.

Para este tipo de situação, André Régis alegou que a unidade tem insumos e medicamentos. “Ela (UPA do Belo Horizonte) está abastecida com insumos e medicamentos e de condições perfeitas para tentar levar urgências e emergências diante deste quadro clínico”.

A enfermeira plantonista, Andreia Cunha, falou também com os repórteres presentes a coletiva e deu sua versão para uma declaração dela sobre ter faltado medicamentos. “De fato. Aquela minha imagem e a entrevista era sobre o comando de greve. Em nenhum momento era sobre o óbito da criança. Em nenhum momento eu afirmei que, naquela entrevista, a criança foi mal atendida e que houve algum tipo de negligência ou algum tipo de falta de insumo. Citei sim em relação sobre o comando da greve de que os profissionais trabalham com a falta de insumo. As informações foram todas juntas e no final da entrevista um dos radialistas colocou sobre a morte da criança. E eu disse: ‘realmente houve o óbito de uma criança aqui, mas não necessariamente por falta de medicações de urgência”.

Assista aqui depoimento da enfermeira sobre a morte da criança e o mal entendido ocasionado por suas declarações.

A criança deu entrada no local por volta das 16h15 e faleceu às 17h50, como informa nota da Prefeitura de Mossoró.

Na nota, a Prefeitura contesta a informação de que a criança morreu por falta de atendimento.

“A Prefeitura Municipal de Mossoró manifesta seu mais profundo sentimento de pesar e lamenta o falecimento da criança R.D.S.C, ocorrido nesta quarta-feira, 26, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Raimundo Benjamin Franco, bairro Belo Horizonte, vindo apresentar esclarecimentos à população mossoroense sobre informações errôneas divulgadas de forma irresponsável por alguns veículos de comunicação acerca deste lamentável fato”, inicia a nota que explica o quadro da criança quando chegou a unidade.

De acordo com seu prontuário, ao chegar à unidade, apresentava  quadro sintomático de taquipnéia, extremidades frias, cianose de extremidades, hipotermia e alterações nos sinais vitais, em decorrência de uma pneumonia, a qual estava recebendo tratamento há sete dias.

Ainda na nota, a Prefeitura diz que a criança recebeu toda a assistência da equipe médica e que os exames e medicamentos foram realizados.

“A equipe médica prestou toda a assistência de saúde necessária para o atendimento, além da realização de exames e medicamentos, desde a chegada da criança à unidade. Com o agravamento do quadro, a equipe médica decidiu transferi-la para a UTI Pediátrica, e, apesar de todos os esforços, a criança veio a óbito na UPA, às 17h50, antes mesmo de ser transferida”.

 Leia nota na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Mossoró manifesta seu mais profundo sentimento de pesar e lamenta o falecimento da criança R.D.S.C, ocorrido nesta quarta-feira, 26, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Raimundo Benjamin Franco, bairro Belo Horizonte, vindo apresentar esclarecimentos à população mossoroense sobre informações errôneas divulgadas de forma irresponsável por alguns veículos de comunicação acerca deste lamentável fato.

Ao contrário do que foi ci_noticiasdo por setores da imprensa, a criança recebeu todo o atendimento médico necessário ao dar entrada na UPA do Belo Horizonte, às 16h15, desta quarta-feira. De acordo com seu prontuário, ao chegar à unidade, apresentava  quadro sintomático de taquipnéia, extremidades frias, cianose de extremidades, hipotermia e alterações nos sinais vitais, em decorrência de uma pneumonia, a qual estava recebendo tratamento há sete dias.

A equipe médica prestou toda a assistência de saúde necessária para o atendimento, além da realização de exames e medicamentos, desde a chegada da criança à unidade. Com o agravamento do quadro, a equipe médica decidiu transferi-la para a UTI Pediátrica, e, apesar de todos os esforços, a criança veio a óbito na UPA, às 17h50, antes mesmo de ser transferida.

A Prefeitura de Mossoró lamenta profundamente que uma enfermeira de seu quadro de atendimento, apresentada de forma equivocada pela reportagem como enfermeira-chefe, tenha prestado informações equivocadas sobre o caso, sem autorização ou sequer a prévia consulta ao laudo, fazendo acusações levianas à gestão e aos profissionais da saúde que tentaram a todo custo salvar a vida da criança e informa que tomará as providências cabíveis para apurar a responsabilidade quanto à divulgação das informações inverídicas. A Prefeitura de Mossoró ainda lamenta toda a espetacularização de setores da mídia sobre a dor desta família, e se solidariza com todos os amigos e familiares da família enlutada.

Tags:

voltar