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Postado às 08h37 | 29 Set 2016 | Edinaldo Moreno Greve dos bancários é considerada a maior de Mossoró

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A greve dos bancários de Mossoró completou três semanas e segue sem previsão de finalização. Na última terça-feira (27), a categoria esteve reunida e recusou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), que previa o reajuste de 7% aos bancários de todo o país.

De acordo com a Fenaban, a proposta previa, além do reajuste de 7%, um abono de R$ 3.300,00 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo. “O valor fixado para o abono está 10% acima da proposta inicial apresentada no dia 29 de agosto e, somado ao reajuste no salário, superior à inflação prevista para os próximos doze meses, representa um ganho expressivo para a maioria dos bancários”, informou a Federação dos Bancos.

A greve da categoria foi deflagrada no dia 6 de setembro, e em Mossoró, conta com a adesão de 90% das agências bancárias. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 14,57%, maior participação nos lucros dos bancos, além de outras melhorias.

A paralisação dos bancários tem prejudicado bastante as transações que precisam ser feitas pela população. Diante da greve, os atendimentos estão suspensos e alguns problemas, como a falta de envelopes e de dinheiro nos caixas automáticos, se tornaram constantes.

Os bancários reivindicam o fim das demissões, aumento do piso salarial, além de melhores condições de trabalho. “Demissões prejudicam o atendimento aos clientes. Apenas no primeiro semestre, Itaú, Santander, Bradesco, Caixa e Banco do Brasil extinguiram 7.897 postos de trabalho. Desde 2012, já eliminaram mais de 23 mil empregos. Com mais bancários trabalhando, como reivindica a categoria, diminuirão as filas nas agências”, informou, em nota, o Sindicato dos Bancários.

Outra reivindicação da categoria é o reforço da segurança nas agências: portas giratórias, biombos nos caixas eletrônicos e o fim da guarda das chaves pelos trabalhadores, além da permanência de dois vigilantes por andar nas agências e postos de serviços bancários.

“Os bancos faturaram R$ 29,7 bilhões só no 1.º semestre. Segundo a consultoria Economática, o setor é o mais lucrativo do país. Só que, ao invés de colaborar com a retomada do crescimento econômico, concedendo aumento real, demitem trabalhadores”, disse a nota do sindicato.

Os bancários esclarecem ainda que a greve é um direito constitucional, garantido por lei a todos as categorias. “A greve é um direito constitucional de todos os trabalhadores quando as negociações não avançam, como fizeram os bancos. E, para que o movimento não seja considerado abusivo, o sindicato cumpriu todos os prazos e determinações da lei 7.783/89”, finalizou o informativo. 

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