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Postado às 10h39 | 28 Set 2016 | Edinaldo Moreno Documentário da FAB reconta operação após acidente do voo Gol 1907

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Os desafios dos militares que participaram da operação de resgate das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, em 2006, poderão serão revividos no documentário Voo 1907 - 10 anos depois - Bastidores da maior operação de resgate da Força Aérea Brasileira (FAB), a ser lançado nesta quinta-feira (29), no canal do Youtube da FAB.

Com cenas inéditas, o documentário, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, entrevistou os principais agentes da operação desencadeada após o acidente, que aconteceu em 29 de setembro de 2006.

Dividido em oito episódios e com duração total de cerca de 40 minutos, militares de várias organizações, principalmente os especializados em Busca e Salvamento do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, detalham a experiência vivida em 44 dias na selva amazônica e revivem os momentos marcantes.

“Eram seres humanos, famílias que haviam sido destruídas. Então, quando você chega ao local, supera tudo, como picada de abelha, distância da família, para devolver os corpos das vítimas aos seus familiares. A gente não deixou ninguém para trás”, destaca o Suboficial Orenil Andrade, ressaltando o fato de que todas as 154 pessoas a bordo foram encontradas e identificadas.

A produção também mostra a logística montada na operação, principalmente no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV). Esta base da Aeronáutica, localizada na Serra do Cachimbo, no sul do Pará, proveu a infraestrutura necessária para a operação que durou 44 dias, empregou 52 aeronaves, consumiu 1534 horas de voo e mais de 1 milhão de litros de combustível.

10 anos depois

Um grupo de militares retornou ao local do acidente e passou  as impressões após 10 anos do acidente. “Essa missão nunca vai sair da minha cabeça. Eu lembro cada dia da minha vida, eu lembro desse local, desse acidente. Marcou para sempre, mudou a minha. Trouxe para mim uma nova maneira de encarar a vida”, enfatiza o Tenente Médico Felipe Lessa que, em 2006, foi um dos primeiros a chegar ao local e passou 40 dias na mata no trabalho de resgate das vítimas.

No documentário, familiares das vítimas também contam como ainda estão superando a dor causada pelo acidente em 2006. “Hoje estou tranquila. Choro, mas é um choro de saudade. Tudo o que vocês fizeram foi muito gratificante para nós”, diz Creusa Paixão Lopes, mãe de Marcelo Paixão, a última vítima a ser encontrada pelas equipes de resgate da Força Aérea Brasileira.

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