Quarta-Feira, 24 de abril de 2024

Postado às 09h34 | 26 Ago 2016 | Edinaldo Moreno Vigilantes do Hospital Regional Tarcí­sio Maia paralisam atividade por falta de pagamento

Atraso de pagamento completa 5 meses. Pacientes que chegam ao hospital reclamam falta de segurança

Crédito da foto:

Os vigilantes que controlam a circulação de pessoas no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, paralisaram as atividades desde a manhã de ontem (25), devido ao atraso do pagamento do Governo do Estado para a empresa que é responsável pelo serviço. Dessa forma, o hospital está sem segurança armada, por tempo indeterminado.

Os pacientes e acompanhantes que chegaram ao HRTM durante esta quinta-feira não contaram com a proteção da segurança armada que costuma ficar controlando a entrada de pacientes e acompanhantes na unidade. O motivo é a falta do repasse do pagamento dos funcionários da empresa responsável. O Governo do Estado informou que o atraso acontece há cinco meses.

Sem os vigilantes que controlam a entrada e saída de pessoas, as visitas passaram a ficar limitadas e alguns funcionários do próprio hospital foram destinados para desempenhar essa função. Para os acompanhantes e visitantes dos pacientes, a paralisação provocou uma sensação de insegurança, porque a inexistência de um guarda armado na entrada da unidade passa a sensação de que o local está vulnerável.

“Mesmo controlando a entrada e saída das pessoas, os guardas passam para a gente a sensação de proteção. O hospital recebe gente de muitos cantos e, geralmente, são internadas no local pessoas que praticam assaltos ou que foram vítimas de tentativa de morte. Sem uma pessoa de pulso firme na recepção, fica complicado controlar a entrada de pessoas no hospital e existe a possibilidade de alguém vir até aqui para ‘terminar o serviço’ que começou na rua”, disse, preocupada, a dona de casa Enilda Maria, que acompanha o pai, internado há três dias no HRTM.

A redação do JORNAL DE FATO ligou para a direção do HRTM, a fim de saber sobre as providências que estão sendo tomadas para controlar a circulação de pessoas no local. No entanto, até o final desta edição, nenhuma ligação foi atendida, assim como também não houve retorno dos responsáveis pelo hospital.

Por nota, a Secretaria de Saúde Pública do Estado disse que negocia o débito com a empresa e espera que até esta sexta-feira esteja tudo resolvido, para que os seguranças voltem a trabalhar normalmente.

 “A Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) foi informada hoje à tarde sobre a suspensão do contrato de vigilância do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, em decorrência de atraso de cinco meses de pagamento à empresa Behring. O débito soma aproximadamente R$ 1 milhão, referente a cinco meses de prestação de serviço de vigilância (já incluindo agosto) a unidades estaduais de saúde nos municípios de Mossoró, Apodi e Caraúbas. A previsão da Comissão de Gerenciamento de Contratos (CGC) da Sesap é de que, até esta sexta-feira (26), o problema do pagamento seja resolvido e a prestação do serviço seja normalizada. Para isso, a Sesap já iniciou hoje à tarde as negociações com representantes da empresa e com a Secretaria de Planejamento do Estado”, informou a nota enviada à imprensa.

O HRTM recebe, diariamente, centenas de pessoas que vêm de vários municípios do Rio Grande do Norte, e até mesmo de outros estados, por ser referência para toda a região Oeste do estado. Mesmo com problemas na estrutura e no quadro de funcionários, que é considerado pequeno para o porte da instituição, o HRTM realiza atendimentos importantes para os que precisam do serviço público.

Recentemente, o Hospital Regional passou por uma significativa reforma nas alas de enfermaria e ganhou 36 novos leitos. A obra foi financiada pela Maçonaria de Mossoró, a fim de proporcionar um melhor atendimento à população e suprir a nova demanda de atendimento.

Tags:

voltar