Quarta-Feira, 24 de abril de 2024

Postado às 14h40 | 24 Ago 2016 | Fabio Vale RN soma no ano mais de 1.250 homicí­dios e mulheres figuram como ví­timas em 90 crimes

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Fábio Vale/Da Redação

O Rio Grande do Norte soma neste ano mais de 1.250 homicídios e mulheres figuram como vítimas em 90 crimes. O cenário é apresentado por um levantamento divulgado nessa terça-feira (23) pelo Observatório da Violência Letal Intencional (OBVIO).

Para os responsáveis pelo mapeamento, Thadeu Brandão e Ivenio Hermes, "o crescimento da violência homicida continua sua ascensão contínua...Como ressaltamos na última atualização do Civlímetro, nas periferias os assassinatos continuam a proliferar, assim como o risco de subnotificação é cada vez mais presente".

O mapeamento do Observatório entre 01 de janeiro e 22 de agosto deste ano dá conta de 1.254 Condutas Violentas Letais Intencionais (CVLIS) no estado. Os dados apontam para um aumento de 22,58% em relação à 2015, que registrou queda de 13% em comparação com o ano anterior.
 
"Em termos brutos, foram 231 mortes violentas a mais que no ano passado no mesmo período. Em 2014, até o mesmo período, foram 1176 CVLIS, contra 1023 em 2015. 2016, em termos de taxa, apresenta até agora a maior, com 33,43 homicídios por 100 mil habitantes, contra 29,72 em 2015 e 34,50 em 2014", detalhou o material divulgado pelo OBVIO, lembrando que "a taxa de 2016 se aproxima cada vez mais da taxa de 2014, a mais alta até então".
 
Mulheres assassinadas
 
Em meio aos 1.254 assassinatos registrados pelo Observatório no estado nestes menos de oito primeiros meses do ano, foram notificados 90 "mortes matadas" de mulheres.
 
Desse total, 65 são classificadas como femicídios (assassinatos de mulheres em geral) e os outros 25 como feminicídios (assassinatos de mulheres com características de violência doméstica e/ou gênero). 
 
"Os dados apontam para uma diminuição de 6% em relação à 2015 (que contou com 71 feminicídios no mesmo período e com 72 em 2014). Com as ultimas mortes violentas ocorridas na última semana, a tendência é que a queda atingida em relação à 2015 não mais apareça nas estatísticas, infelizmente", aponta o conteúdo do OBVIO.
 
 

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