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Postado às 10h14 | 30 Jul 2016 | Cesar Santos Se não está satisfeito com a Cámara Municipal, o seu voto resolve

Eleitor mossoroense terá a chance de fazer as mudanças

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Por César Santos

A Câmara Municipal decidiu suspender qualquer aumento dos subsídios de vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Justifica na crise financeira que vive a cidade e o País.

Com a decisão, os salários estão “congelados” para a próxima legislatura que começa no dia 1º de janeiro de 2017.

Mas a população mossoroense não deve se empolgar; a decisão é dos vereadores de Natal. O ato foi assinado pelo presidente Franklin Capistrano (PSB), apoiado por todos os membros da Mesa Diretora e os outros inquilinos da Casa Legislativa.

Em Mossoró, os vereadores não abriram mão do direito constitucional, nem mostraram-se sensibilizados com a crise que atormenta as contas públicas. O duodécimo de quase R$ 2 bilhões/mês está em conta, na opinião deles.

É uma posição antipática, desgastante, reprovável. E torna-se ainda pior para o péssimo desempenho da atual legislatura.

As pesquisas de opinião pública revelam alto índice de desaprovação. Nos cantos de rua, mesa de base ou nas redes sociais, as reclamações são recorrentes, e muitos até entendem que se fechar a Câmara Municipal a cidade não sentirá falta.

Não trata-se de desprezo ou falta de conhecimento da importância do Poder Legislativo no estado democrático, mas pela inércia dos vereadores no cumprimento de seus deveres. O que faz a Câmara Municipal de Mossoró? Pergunta-se.

O seu principal papel, que é fiscalizar o Executivo e defender – legislando – os interesses da sociedade, desceu a plano menor ou nenhum plano. Com a maioria esmagadora da Casa tomando café da manhã na cozinha do Palácio da Resistência (sede da Prefeitura), o Executivo ganhou blindagem no plenário do Legislativo.

Os vereadores, governistas, caídos de quatro.

Alguns poucos vereadores da oposição nada fizeram porque foram impedidos em todas as tentativas. Os pedidos de investigação de coisas suspeitas (são muitas, que se diga), via Comissão Especial de Investigação (CEI), foram todos reprovados pela bancada governista.

Em todos os casos o absurdo de se negar a atender os anseios e direitos da sociedade, que é saber o que está sendo feito com os recursos públicos. Destaque mais do que negativo quando foi impedida a CEI da Previ, diante de um rombo de milhões de reais até hoje não explicado, e a CEI do Mossoró Cidade Junina, que passou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual a partir da Operação Anarriê.

Tudo isso na cara do cidadão, que deu a oportunidade, com o voto, de cada um dos 21 vereadores representá-lo de forma digna na chamada “Casa do Povo”.

A esperança é que, com o mesmo título de eleitor, o cidadão possa promover as mudanças. Daqui a pouco será chamado a ir às urnas.

E lá, no silêncio da cabine, na liberdade de cada um, não tem como continuar errando.

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